McLaren Senna
No dia 1º de maio de 2019 a morte de Ayrton Senna da Silva, o maior campeão que o Brasil já viu nas pistas mundo afora, completou 25 anos.
Dono de recordes, como os das pole positions, que demoram muitos anos para serem quebrados, mesmo depois do acidente fatal que sofreu na curva Tamburello, no circuito de Ímola, na Itália, o nome Senna, sua memória e suas lembranças são reverenciados por milhões de brasileiros, japoneses e até europeus.
As 500 unidades que estão sendo produzidas na McLaren Automotive, em Woking, na Inglaterra, foram imediatamente comercializadas. Seis delas para o mercado brasileiro e por aproximadamente R$ 8 milhões cada uma.
A primeira delas deve chegar ao Brasil até o fim do primeiro semestre de 2019.
O McLaren Senna é, sem sombra de dúvida, o modelo de rua mais radical, ousado e rápido já produzido no mundo. Criado para definir um novo padrão entre os esportivos que nascem das pistas e por ter sido completamente inspirado no comportamento diferenciado e competitivo do tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna.
O McLaren Senna é o carro de rua mais veloz de toda a história da McLaren: atinge velocidade máxima de 340 km/h e acelera de 0 a 200 km/h em apenas 6,8 segundos. O 0 a 100 km/h ocorre em impressionantes 2,8 segundos.
Nada mais justo que uma homenagem à altura de um “monstro sagrado” da envergadura de Senna. E foi o que fez a equipe pela qual ele se sagrou três vezes o melhor do mundo, largou na primeira posição mais vezes e ganhou mais GPs, a McLaren, que construiu um superesportivo que leva o nome Senna.
Com esse desempenho alucinante proporcionado pelo motor V8 4.0 biturbo, com 800 cv de potência máxima (a maior entre todos os modelos de rua da marca), o McLaren Senna é fiel às habilidades lendárias do piloto que é considerado o melhor de todos os tempos, pela sua performance, ousadia, determinação e um estilo totalmente diferenciado de pilotar, principalmente na chuva.
CARRO DE F-1 DE RUA
Para transmitir em sua pilotagem as mesmas sensações que Senna experimentou com seus carros de corrida, o McLaren Senna traz, ainda, outras características inéditas, como a tecnologia Ignition Cut adotada da Fórmula 1, que provoca um corte momentâneo de centelha durante uma mudança de marchas para proporcionar trocas mais rápidas possíveis.
O conjunto de transmissão é completado por uma caixa de câmbio de sete marchas, com dupla embreagem e transmissão contínua, que fornece a tração do motor para as rodas traseiras.
Além da exclusiva suspensão, o McLaren Senna tem outros elementos aerodinâmicos ativos, incluindo o gigantesco aerofólio traseiro duplo controlado por um sistema hidráulico.
Sua atuação lembra a asa de um carro de Fórmula 1, já que ele se reposiciona constantemente para aumentar o nível de pressão aerodinâmica, além de atuar como freio aerodinâmico em velocidades altas.
MCLAREN E SENNA
A melhor fase de Senna começou quando o piloto se transferiu para a equipe McLaren, em 1988, onde correu até 1993. Nos carros vermelho e branco, ele conquistou três campeonatos e 35 vitórias na escuderia inglesa. Foi lá, também, que dividiu os boxes e trocou farpas com “o professor” Alain Prost, grande referência na Fórmula 1 por sua pilotagem técnica, experiência e foco na conquista de pontos no campeonato.
Na época, os carros da Fórmula 1 contavam com pouquíssima pressão aerodinâmica para a relação peso-potência que tinham, de menos de 1 kg para cada 1 cv. Além disso, os fórmulas eram isentos de qualquer mecanismo de proteção na cabine contra impactos e, assim como os dos pilotos, os equipamentos de segurança dos carros eram arcaicos. Ainda bem que esses tempos quando equipes de corrida produziam cadeiras elétricas já se foi.
A Mclaren afirma que, por ter sido autorizada a usar o nome “Senna” para a sua mais avançada criação das ruas, o dinheiro arrecadado da venda do supercarro irá contribuir com doações consistentes para o Instituto Ayrton Senna, que ampara e proporciona boa qualidade de vida a crianças e jovens que não tiveram condições financeiras suficientes para isso. É animador ver que a história da relação entre Ayrton Senna, o automobilismo e a compaixão com o próximo não tenham se encerrado em 1993, o último ano de Senna na equipe da Mclaren, ou em 1994, quando sofreu o fatídico acidente.
FICHA TÉCNICA
Nome: McLaren Senna
Motor: 4.0 de oito cilindros, biturbo, a gasolina, em posição traseira e longitudinal
Potência máxima: 800 cv a 7.250 rpm
Torque máximo: 81,6 kgfm a 5.500 rpm
Câmbio: Automatizado de 7 marchas
Freios: Discos ventilados de cerâmica nas quatro rodas
Aceleração: De 0 a 100 km/h em 2,8 s
Velocidade máxima: 340 km/h