Estatueta do Oscar

Ele mede apenas 33 centímetros, pesa 3,85 quilos e se chama Oscar: o careca musculoso, banhado a ouro e que se ergue sobre um rolo de filme é um dos prêmios mais importantes do mundo da sétima arte.

Ainda que o Urso de Ouro de Berlim ou a Palma de Ouro de Cannes tenham um enorme significado para os cineastas e para a comunidade do cinema independente, há quase um século o Oscar é visto por milhares de pessoas ao redor do mundo como um dos eventos mais egocêntricos de Hollywood: repleto de estrelas com roupas glamourosas.

A Academia das Artes e Ciências Cinematográficas criou o Oscar em 1927 para promover seus filmes e honrar o desempenho de atores, atrizes, diretores e outros realizadores, que competem em 24 categorias. Originalmente, a Academia contava com 36 membros, mas hoje já soma 5.830.

O diretor de arte do estúdio Metro-Goldwyn-Mayer, Cedric Gibbons, foi eleito para desenhar a estatueta: um homem desnudo e corpulento, com os braços cruzados segurando uma espada e parado sobre um rolo de filme.

A primeira cerimônia –simples e rápida– ocorreu no dia 16 de maio de 1929 no Hotel Roosevelt de Hollywood, a poucos metros de onde atualmente são entregues os prêmios, o Teatro Kodak. Desde a primeira cerimônia, milhares de troféus foram entregues em uma festa que se tornou um evento pomposo.

As primeiras estatuetas eram de bronze, mas durante a Segunda Guerra Mundial –devido à escassez de metais– os troféus começaram a ser feitos de gesso, sendo logo substituídos pelas atuais figuras banhadas a ouro e prata.

A primeira cerimônia durou 15 minutos e foram distribuídas 15 estatuetas. Hoje em dia é uma transmissão de mais de três horas vista por cerca de um milhão de telespectadores no mundo.

Divulgados inicialmente através de rádio, os prêmios da Academia foram transmitidos pela televisão em preto e branco pela primeira vez em 1953, passando para a transmissão em cores em 1966.

A ESTATUETA

O troféu não foi sempre chamado de Oscar, mas sua forma não mudou desde seu nascimento, exceto quando foi acrescentado um pedestal, em 1945.

O mistério da origem do nome tão comum, fato raro para um prêmio, é uma das lendas utilizadas para atrair mais a atenção.

O Oscar em si é uma pequena estatueta de 35 cm de altura pesando quase quatro quilogramas, feita de estanho folheado a ouro de catorze quilates, em forma de um cavaleiro sobre um pedestal no formato de um rolo de filme, com uma espada de cruzado atravessada verticalmente ao peito. Seu valor real é cerca de 500 dólares, mas seu valor simbólico é incomensurável, pelo prestígio profissional e popular que concede ao premiado e pelo faturamento que pode dar a um filme.

Concebida em 1929 pelo diretor de arte Cedric Gibbons e pelo escultor George Stanley, não sofreu mudanças significativas até hoje, nos mais de 80 anos em que já foi entregue. Apenas durante a Segunda Guerra Mundial foi confeccionada em gesso pintado com tinta dourada, devido ao esforço de guerra americano na época, que procurava racionar todos os tipos de metal. Após o conflito, os agraciados com estes Oscars tiveram seus prêmios trocados pela estatueta original.

A versão mais popular e conhecida para o nome dado ao careca dourado, é a que concede a autoria dele à secretária-executiva da Academia, Margareth Herrick, que ao vê-lo comentou que a pequena estátua parecia muito com seu tio Oscar, comparação ouvida por um jornalista presente no momento, que a publicou em seu jornal. Outra versão dá conta que a atriz Bette Davis o teria apelidado assim, dado a semelhança da estatueta com seu primeiro marido. De qualquer modo o apelido pegou de tal maneira que hoje — e há muitos anos — é o nome pelo qual o Prêmio da Academia é conhecido mundialmente.